Sobre a duração de um arco-íris

Se um arco-íris dura mais do que quinze minutos, não o olhamos mais.

A constatação é do filósofo alemão Goethe e representa muito do que vai na alma humana, nestes dias.

Nós, da geração do imediato, do prático, do instantâneo, acabamos tendo dificuldade em nos demorarmos em qualquer experiência que seja, mesmo que prazerosa.

Por que será que muitos de nós acostumamos com a beleza e, então, deixamos de contemplá-la?

Por que será que muitos nos habituamos com as coisas boas que temos na vida e deixamos de valorizá-las?

Alguns não observamos mais as estrelas como se, depois de algum tempo, perdessem sua grandiosidade, seu mistério e deixassem de ser interessantes.

Alguns esquecemos de olhar o pôr-do-sol. Afinal, ele acontece todo dia e talvez não nos surpreenda mais…

Outros deixamos de admirar a esposa, o marido, os filhos, como se esses arco-íris, que temos ao nosso lado, perdessem suas cores ao longo da convivência.

Alguns ainda deixam de se deslumbrar com a própria existência, após alguns anos de luta, esquecendo que cada dia é um novo milagre, uma nova chance, um novo arco-celeste multicolor.

De tão focados no trabalho e nas questões práticas da vida cotidiana, que aprendemos a ser, acabamos nos tornando grandes distraídos.

Sim, distraídos no sentido de esquecidos, pouco atenciosos no que diz respeito às questões mais importantes da existência.

Por isso, em alguns momentos na vida precisamos parar tudo. Parar até de pensar tantas coisas ao mesmo tempo.

As técnicas de meditação nos ensinam este valioso hábito: limpar a mente. Pensar numa coisa de cada vez. Pensar em algo por muito tempo, sem deixar que a mente fique pulando de galho em galho.

Precisamos aprender a observar cada arco-íris até o fim, saboreando esses instantes de maravilhosa beleza, sem deixar que passem, assim, correndo, ou tão rápido, como dizemos popularmente.

A pressa não é apenas inimiga da perfeição mas também da alegria, do deleite e das emoções verdadeiras.

Redação do Momento Espírita.

Em 02.01.2012

ISPÍIA AKI!!!

Mataram a Norma!!!


Quanta falta de criatividade na televisão brasileira???? Para onde foram os grandes escritores que nos deleitaram com obras tais como; “A Muralha”, A Casa das Sete Mulheres”, “Que Rei sou eu?” dentre outros. Por onde andam a criticidade, a forma como retratar a nossa realidade? Como atualmente é tão previsível as teledramaturgias, atualmente chamadas de “novelas”. Quantas últimas novelas não fomos “presenteados” com “mortes” misteriosas, com diversos suspeitos e a três dias do final? Onde foram aqueles elaborados “crimes” de “A Próxima Vítima”? Perderam-se no tempo. Hoje vivemos na era do “script”, o que foge a isso não sabemos mais fazer. As novelas hoje em dia, tratam de diversos assuntos, sem tratar de nenhum. É até um trocadilho, mataram a NORMA, mataram a forma de se relacionar com o público, mataram o telespectador, mataram sim, quando colocam programas bons, de conteúdo interessante, às 01:00 h da manhã, ou 06:00 da manhã, ou 02:00 h de sábado, e ainda criticam a audiência… Aonde estão os analistas de público, as pesquisas que nunca sabemos quem, ou quando foi entrevistado. Realmente, ficamos reféns deste domínio que a TV exerce sobre nós, e que acabamos sempre em frente à mesma, na expectativa de que, quem sabe a NORMA, não tenha morrido; para sentirmos compensados por não termos caído na mesmice. Podemos remontar a celebre frase – Na TV brasileira nada se cria, nada se renova, tudo se copia. Enquanto nos preocupamos, com quem matou a Norma (e isto é fato, basta verificarmos na rede a quantidade de foruns, enquetes, pesquisas), o País segue, por suas CPI’s, Corrupções, e nós atrás de quem “matou” a Norma?

Um abraço para vocês,

Até quarta!!!